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How no Web Summit 2022

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Foto: Renato “Minas” Buiatti.

A semana passada foi marcada pelo Web Summit, maior conferência de tecnologia da Europa que aconteceu em Portugal. Nosso Co-fundador, Renato “Minas” Buiatti, foi até lá conferir as inovações e preparou um resumo de destaques sobre tudo que foi apresentado no evento. Confira os insights:

A importância da inovação para Portugal

O Primeiro-Ministro da Economia e do Mar de Portugal, António Costa Silva, abriu a sua fala apresentando uma série de medidas adotadas pelo país, entre elas o propósito de lançar leis específicas para startups e também que Portugal será a sede da Agência Europeia para as startups. 

Entre as medidas de incentivo do governo português para a área de inovação, estão o investimento de 90 milhões de euros em 3000 startups durante os próximos quatro anos e mais 20 milhões que serão destinados às incubadoras de startups. O Primeiro-Ministro encerrou destacando a importância das energias renováveis e pediu para os empreendedores que olhassem com atenção o tema e propusessem soluções.

Presença Ucraniana

Uma das atrações mais esperadas do primeiro dia foi Olena Zelenska, mulher do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Com uma apresentação forte, a Primeira-dama da Ucrânia falou dos horrores vividos pelos ucranianos e pediu que a tecnologia fosse usada para salvar vidas e que ajudasse em projetos de solidariedade. Olena foi aplaudida de pé no fim de sua palestra.

Verdades virtuais

Durante a mesa-redonda “The Truth About Our Virtual Society”, que debateu as novas fronteiras do metaverso, Herman Narula (Co-fundador e CEO, Improbable), Philip Rosedale (Fundador e Conselheiro, Second Life) e Jim Edwards (Co-fundador, DL News) conversaram sobre as inúmeras questões referentes ao tema. 

Um dos tópicos centrais, foi o grande potencial ainda não explorado nesse universo virtual. Segundo Nerula, autor do livro recém-lançado “Virtual Society”, essas possibilidades vão muito além do que as propostas atuais estão contemplando. Diversas questões filosóficas sobre interações no metaverso e seu potencial de exploração econômica foram debatidas.

Burlando leis

Paul Lewis, Chefe de Investigações do conceituado jornal The Guardian, entrevistou Mark MacGann, Fundador da Moonshot Ventures e antigo Orientador Sênior do Conselho da Uber, onde trabalhou por anos contornando restrições legais em países da Europa, Oriente Médio e África. 

Essa foi a primeira entrevista de MacGann após o vazamento feito por ele de milhares de documentos da Uber, comprovando como a empresa contornou obstáculos regulatórios em diversos países. Ele ainda revelou que os membros do Conselho da Uber e diversos funcionários tinham consciência de que estavam violando leis, mas que fizeram esse movimento por acreditar que eram “leis ruins”.

Inovar para solucionar

Depois da tensa entrevista com Mark MacGann, a platéia respirou aliviada e renovou as esperanças com Cathie Wood (CEO e Diretora de Investimentos, AKR Invest) que concedeu uma entrevista para Ann Curry, jornalista premiada que trabalhou para a NBC por mais de 25 anos. Wood, ao ser questionada durante o painel “What The Market Crash Should Teach Us”, sobre o momento difícil vivido pelo universo das startups e da economia global, afirmou que esse é o momento ideal para se investir em tecnologia. Para a CEO da AKR Invest, inovação é justamente sobre resolver problemas e facilitar a vida das pessoas.

Compartilhando ideias

Chris Anderson, o homem por trás de uma das iniciativas mais legais da internet, o TED, alertou sobre os caminhos que a internet tem tomado durante o painel “Ideas worth spreading: TED’s message to Web Summit”. Anderson apresentou quatro propostas simples de como podemos fazer com que o universo virtual seja um lugar mais gentil, acolhedor e seguro para todas as pessoas usuárias:

– Substituir o tempo perpétuo pela pausa;

– Substituir a convicção pela curiosidade;

– Alterar o texto para a conversa;

– Priorizar as formas de tratar e cuidar para diminuir ameaças.

Mais ações, menos tempo

Para Brad Smith (Presidente, Microsoft), combater a crise climática será uma das coisas mais difíceis que a humanidade vai precisar enfrentar e que não temos mais tempo a perder. Durante o painel “Innovating our way out of the carbon crisis”, ele afirmou que é necessário fazer muito mais do que já foi feito e em muito menos tempo do que se imagina. 

E, como o exemplo tem que começar em casa, o Presidente da Microsoft afirmou que a empresa pretende ser negativa em emissões de carbono, positiva em consumo de água e zero desperdício até 2030. Além disso, Smith também reforçou a necessidade do uso de dados e inteligência artificial, criação de novos mercados, nova legislação – em políticas de carbono – e investimento em talentos na área de sustentabilidade.

Startups construindo o futuro 

“Nos próximos 15 minutos vou mostrar como vocês podem ser parte da vitória da Ucrânia”. Foi assim que o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, começou sua palestra “Building a better Ukraine”: convocando as startups para construir um novo futuro para sua nação. Fedorov apontou várias áreas onde existem oportunidades para as empresas criarem soluções para a Ucrânia, como inteligência artificial, comunicação – através de conexões estáveis -, cibersegurança, robótica, UAV’s, e tecnologias que permitam gerar, poupar e fornecer eletricidade e aquecimento. 

No fim de sua apresentação, ele fez um pedido: “Sei que há empresas que podem nos ajudar. O futuro pertence à tecnologia. Pertence a vocês”. Esse foi um dos principais momentos do terceiro do Web Summit. Fedorov, assim como a Primeira-dama ucraniana, também foi aplaudida de pé.

Produtos de impacto

No bate-papo “How to make products people love”,intermediado por Connie Guglielmo (Editora-Chefe, CNET) com os convidados Maximilian Tayenthal (Co-fundador e Co-CEO, N26), Jamie Siminoff (Fundador, Ring) e Jessica Spence (Presidente de Marcas, Beam Suntory), as pessoas convidadas falaram sobre como produtos podem causar impacto na vida das pessoas. 

Um ponto legal do painel foi quando Spence disse: “Eu não sei se as pessoas amam produtos. Eu não amo. O que eu amo é a experiência proporcionada pelo produto. Sim, nós criamos produtos, mas, o que de fato estamos vendendo são experiências”. Quando perguntado sobre como criar grandes produtos, Siminoff disse que você tem que ter uma missão, algo que possa melhorar a vida das pessoas, se abastecer com dados sobre como as pessoas usam esses produtos para que seja possível melhorar suas experiências. Por fim, Maximilian destacou que para criar produtos incríveis é necessário estar disposto a estudar e aprimorar o produto o tempo todo, aprendendo como as pessoas consomem e interagem com ele.

Últimos insights

Apesar de ser um evento de inovação e tecnologia, poderia muito bem ser um evento de pessoas. No fim do dia, o que importa são elas e a forma como a tecnologia e inovação podem afetar a vida delas, o impacto positivo que isso pode causar. 

Uma das maiores pautas do Web Summit foi justamente como podemos criar soluções para transformar o mundo em um lugar melhor, onde as pessoas possam contribuir umas com as outras, respeitando diversidades e diferenças enquanto estabelecem conexões reais. 

O aprendizado que fica do Web Summit para o nosso Co-fundador, Minas, é: as pessoas que estão aqui, que estão movimentando isso aqui, querem construir um mundo melhor através da tecnologia, utilizando a tecnologia como um meio e não um fim.

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