Conteúdo e linhas editorias para marcas
Desenvolver conteúdo para plataformas digitais requer dedicação, referências culturais, atenção aos diferentes formatos de entrega (vídeos, textos, instant messages, infográficos etc), linguagens distintas (um post publicado no Insta talvez não tenha a mesma aderência se publicado em um ambiente com objetivos profissionais, como o LinkedIn, por exemplo) e timing — com temas que ganham e perdem relevância em questão de horas. Além disso, a geração de conteúdo relevante, aquela que aproxima marca/produto dos consumidores, fideliza e gera leads, requer planejamento e constância de entregas.
A disputa pelo território das time lines
Como as marcas estão disputando audiência com um avalanche de mensagens que chegam de todos os lados, considerando que concorrem por espaço com influencers, marcas concorrentes, pessoas relevantes em segmentos distintos e também com as constantes mudanças nas formas de entrega de conteúdo, o que temos, em muitos casos, é um enorme esforço com uma taxa de efetividade baixa.
Content is king
Se o conteúdo é rei, frase que ganhou notoriedade quando Bill Gates foi questionado sobre como triunfar na world wide web, desenvolver uma linha editorial para os ambientes digitais da sua marca/negócio na internet é fundamental. E esse é um ponto que exige bastante cuidado e atenção, para que o seu negócio não seja avaliado como uma marca que só fala de si mesma ou que peque em tratar especificamente de um tema só.
Os princípios para o desenvolvimento de linhas editoriais para redes e plataformas digitais
Essa linha editorial de conteúdo para a marca/negócio deve apresentar, entre outras premissas, frequência de postagens — e aqui entra o monitoramento de dados para as tomadas de decisões como melhores horários para as postagens, perfil do público que está consumindo esse conteúdo e, também, qual o tipo de conteúdo com maiores taxas de engajamento, geração de leads e retenção de público — e, claro, variedade de conteúdo.
Linhas editoriais — referências
Para criar uma linha editorial para a sua marca, é necessário que se tenha um conhecimento muito claro do que a marca representa, quais seus valores, sua missão, visão e, no caso das organizações exponenciais, o Propósito Transformador Massivo (PTM). Esse entendimento da cultura da empresa, junto com uma paixão genuína pelo conhecimento do comportamento do consumidor são alguns dos elementos que auxiliarão na geração de insights para a criação de linha editorial da marca.
HIGHLIGHTS
Conteúdo — como começar?
– Embora as convidadas concordem que não há um único modelo ou metodologia para o desenvolvimento de conteúdo, alguns caminhos foram apontados, como por exemplo, o estabelecimento de objetivos — que pode ser o crescimento de vendas ou o posicionamento da marca. A pergunta que deve ser feita é como a estratégia de conteúdo irá contribuir para que esses objetivos sejam alcançados?
– Antes de “começar um diálogo” com seus seguidores e clientes, é necessário compreender o que a marca tem em comum com as pessoas. Só depois pode ser estabelecida uma conversa.
– Trazer os clientes para participar do processo criativo é uma excelente oportunidade para o desenvolvimento de conteúdo relevante. A cocriação é uma prática que pode envolver desde o mood visual até os textos que acompanham as postagens.
Storytelling — quando usar?
– Quando o assunto é criar conteúdos baseados em storytelling, a primeira pergunta deve ser: sua marca tem uma história para contar? Existem ocasiões em que o fato não tem aderência. E nesses casos, não há a magia necessária para se criar storytelling.
– Storytelling tem relação direta com o DNA da marca, com o momento do público consumidor e com o momento da própria marca.
– O storytelling pode ser usado tanto como apoio para a jornada da marca quanto para as campanhas e ações pontuais.
– O conteúdo é o fato e você precisa criar uma forma de entrega, que pode ser um post ou uma ação de RP, um hackathon ou uma viagem etc. O importante é saber como transformar um texto em uma conversa engajadora.
Conteúdo e KPI’s
– É importante que, ao criar estratégias de branded content, seja estabelecida uma garantia mínima de entrega. O conteúdo ganha forças quando é amparado em métricas e KPI’s.
– O conteúdo deve ser orientado aos resultados. Se você é novo ou quer entrar na área, é necessário entender que performance é importante. Usar os dados para criar soluções de branded content é inteligência criativa.
– As KPI’s são importantes, mas elas não são necessariamente as mesmas estabelecidas quando o objetivo único são as vendas. A marca precisa pensar 360: etapas para conteúdo e para a mídia. O conteúdo não pode ser trabalhado com KPI’s voltados apenas para a conversão de vendas.
Influenciadores
– Os influenciadores ou creators são os responsáveis não apenas pela publicação do conteúdo em seus canais: exercem o papel de cocriar, porque quem estabelece o diálogo são eles e, nesse caso, devem adotar sua própria forma de falar e engajar os seguidores.
Renato “Minas” Buiatti é educador e cofounder da How.