Uma maneira simples e prática de ficar informado sobre o novo CORONAVÍRUS e proteger quem você ama.
Nota: Projeto desenvolvido por Thiago Gil Riboura (UX Designer, Product & Visual Designer) originalmente publicado aqui.
Este projeto foi a conclusão do Bootcamp de UX Design promovido pela How Education. Visando desenvolver um projeto centrado na experiência do usuário real, passando pelas por todas as etapas como: briefing, estratégia, pesquisa, validação, geração de ideias, design de interface e prototipação.
Desafio
Como monitorar em tempo real os fluxos populacionais para identificar, educar e coibir aglomerações ou comportamentos inadequados ou em não conformidade com as determinações de isolamento social?
Além disso, empoderar as pessoas com melhores informações sobre o novo coronavírus e educar sobre os meios de prevenção, fazer que com o uso dessas informações o usuário possa sair de casa, se precisar, com mais tranquilidade e segurança.
Porque fazer?
Estamos passando por um momento onde o que mais temos são DÚVIDAS. Sobre sair ou não de casa, se o local que precisamos ir e seguro, se segue as normas de distanciamento, se o local está lotado, como está o número de casos na minha região e onde costumo frequentar. Por isso, a melhor forma de tentar educar as pessoas e através de informação. Mais informação de uma maneira que seja simples pra todos entenderem e que também possa ser colaborativa, onde você possa contribuir também com a sua comunidade.
Dados iniciais
Com essa premissa e objetivo, utilizamos algumas ferramentas para começar nosso projeto. Como forma de nortear, a ferramenta que mais se adequou foi a Matriz CSD. Como resultado dela conseguimos extrair bons insights e gerar algumas dúvidas que gostariamos que fossem validadas na pesquisa.
Pesquisa e Validação
O segundo passo é o de imersão no problema, buscar dados factíveis que permitam ver o problema através dos olhos do usuário, em seu contexto, e de como é a sua experiência com essa categoria de serviços.
Para isso, foi fundamental realizar uma pesquisa que permitisse coletar dados reais, qualitativos e quantitativos, para assim, traçar o perfil do usuário, interpretar de ponta a ponta como ele se desenvolve nesse processo e entender o que configura-se como sendo uma boa ou uma má experiência para ele.
A pesquisa gerou dados bem relevantes:
- 80% dos entrevistados têm de 1–3 pessoas dentro da casa com ele. Sendo desse público entrevistado 70% mulheres. O público tem um range de idade de 22 a 70 anos.
- 82% dos entrevistados buscam informações na internet e Tv mas desconfiam da veracidade de algumas notícias e fake news. Sendo que 100% dos entrevistados tem familiaridade em buscar estas informações em ambientes digitais. Alem disso, a maior parte apresenta sintomas como: Cansaço / Ansiedade / estresse / sensível / qualidade sono prejudicada.
- 82% saem em média 2x na semana para algum tipo de atividade como ir ao supermercado, farmacia, parques e etc.
- 90% dizem que tomam todos cuidados de higiene para sair.
- Principais critérios para sair de casa são: Proximidade, Segurança do local, Infraestrutura do local, nível transmissao da regiao, preço, local aberto ou amplo.
- 89% dos entrevistados acreditam que as informações e a constante mensagem sobre importância de usar equipamentos de segurança como máscara e alcool em gel são essenciais, vistas que acreditam que ainda há muita gente agindo de forma errada e colocando vida das pessoas em risco, seja em casa ou na rua.
- 87% Acreditam que se houver uma melhor maneira de apresentar estas informações possam ajudar mais.
Estratégia
Uma vez coletados e analisados os dados que permitiram compreender melhor as dores e necessidades dos usuários, é hora de estruturar melhor o problema para propor uma solução, para isso, utilizei o método 5W2H, por ser uma ferramenta de estratégia dinâmica que permite abordar os pontos-chave no processo.
Who? Quem
Definido o problema, é hora de determinar o público-alvo. Utilizando a criação de uma persona baseada em todos os dados coletados da nossas pesquisas.
Job Story
Como queríamos ter mais clareza do problema que precisava ser resolvido e o motivo das pessoas precisarem desta solução utilizamos essa ferramenta para nos ajudar a entender melhor e alinhar com nosso objetivo.
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Além disso, construímos com ajuda do Lean Canvas um painel para ter uma prévia do modelo de negócio de forma mais ampla.
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Priorizando Recursos
Nesta primeira fase de desenvolvimento decidimos priorizar o que teria mais impacto em um menor tempo de desenvolvimento, o chamado MoSCoW.
Com isso definimos como prioridade ter no primeiro momento uma solução que atingisse o objetivo de informar sobre os riscos de contágio baseado na localização do usuário e fornecer dados sobre fluxo de pessoas e melhores horários para ajudar a evitar aglomerações nos estabelecimentos.
UserFlow
Definimos também quais seriam os passos que esse usuário teria que cumprir para atingir o seu objetivo.
Prototipando
Com base nestes dados criamos nosso prototipo para exemplificar os insights gerados com todos os dados de pesquisa, entrevistas, uso das ferramentas e feedbacks.
Com o nosso protótipo definido e com os feedbacks que recebemos dele, partimos para etapa de desenvolver um protótipo de alta fidelidade simulando o ambiente e a jornada que esse usuarios iria concluir.
Criamos um style guide que fosse algo leve,moderno e ao mesmo tempo que tivesse um bom contraste na visualização das informações e dados, de forma também que as cores estivessem de acordo também com pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual.
Projeto Final
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Conclusão
Essa foi a segunda vez que coloquei em prática todo o conhecimento adquirido em UX/UI. Foi muito prazeroso e gratificante passar por todas as etapas desse processo, da escolha do problema até a prototipação.
E o mais importante de tudo: sempre colocando o usuário como o centro de todo o processo, pensando soluções que possam tornar a vida dele um pouco mais fácil, e sem deixar de lado é claro, os objetivos de negócio.
Pesquisa, foi sem sombra de dúvida a ferramenta mais poderosa, pois ela que permitiu mergulhar no problema e entender as dores e necessidades reais dos usuários, norteando todo o processo, seja apontado quais os caminhos mais seguros a seguir, ou então, dando suporte para todas as outras fases e ferramentas de design de produto.
Como parte mais importante, ela foi também a mais desafiadora, pois foi necessário pensar as perguntas certas, sem enviesar o usuário, para coletar dados factíveis relevantes e seguir em frente. Interpretar os dados obtidos e traduzi-los em soluções palpáveis também foi desafiador, cada escolha ou decisão de design tem algum impacto, e é necessário selecionar as que entregaram mais valor e trazem mais benefícios para o usuário.
Fiquei muito satisfeito com o resultado, o valor mais importante que esse projeto me trouxe, foram os aprendizados, sair da teoria e mergulhar na prática não tem preço, é muito recompensador.
Obrigado por ter lido até aqui, sinta-se livre para criticar, elogiar, perguntar, comentar, compartilhar ou “bater palmas”.
Muito obrigado How Education e Adriane Quintas e barb por toda essa jornada de entendimento e conhecimento. Acredito que sem vocês nada disso teria sido possível, de obter tanto conhecimento de maneira tão especial e tão dedicada.
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OBS: Em janeiro de 2021, teremos a nova edição do nosso Bootcamp UX Design, com a Adri Quintas (Design Coordinator — Olist) e Barbara Borges (Service Designer — Matilha) e você pode se inscrever aqui.