Esse é um novo roteiro para uma série e você está convidado para ser o personagem principal.
Na real, este é um roteiro em que todos podem ser protagonistas.
Melhor: esse roteiro é colaborativo e pode ser escrito por todos e permite que cada um de nós navegue por todas as outras séries disponíveis no catálogo.
RESKILLING E A VIDA EM VERSÃO BETA — SINOPSE
O ano é 2030 e tudo o que fazemos hoje é digital. Tecnologias como Inteligência Artificial, big data e robótica fizeram com que o mundo passasse por um período de grande transformação. Novas funções e áreas de trabalho foram criadas. Em contrapartida, grande parte do que conhecíamos como modelo de trabalho no longínquo ano de 2019, hoje não são mais do que recordações.
Esse cenário é o responsável pela popularização de um termo: reskilling. Reskilling trata basicamente do desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo de habilidades e de trabalho colaborativo — entre pessoas, empresas, entidades e nações.
A PRIMEIRA CENA
Sem medo de apropriação, iniciamos o primeiro episódio de nossa série com uma frase — assim como o icônico lettering de Star Wars. Vamos começar com Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn: “O mundo está mudando e há duas forças por trás dessas mudanças: as pessoas e a tecnologia. É um jogo de aceleração em que todos estão envolvidos e não dá para esperar que as coisas se movam mais devagar”.
OS ATORES
Para deixar tudo simplificado, vamos dividir os papéis para três perfis de atores:
Nós — eu, você, as pessoas que trabalham com você, que estudam com você, que dividem a vida com você, familiares, crushes etc.
Empresas — aquelas que já fazem parte da nova economia e as que sabem que precisam fazer o upgrade para esse novo mundo.
Instituições e entidades políticas — aqui entra muita gente: governos, ONG’s, instituições de ensino, sindicatos etc.
DISTRIBUINDO OS PAPÉIS PARA CADA GRUPO DE ATORES:
Nós:
Nosso papel é desenvolver habilidades múltiplas para lidar com mudanças, aprender coisas novas e preservar equilíbrio mental em situações que não são familiares. Nesse novo mundo, vamos nos reinventar várias e várias vezes e as experiências passadas passarão a ser cada vez menos relevantes. Teremos que abrir mão daquilo que sabemos melhor e aprender a conviver e assimilar aquilo que não sabemos.
Os super poderes
– Habilidades de negócios — essas são as habilidades que desenvolvemos em áreas específicas — como design, marketing, finanças — e que são colocadas em prática no dia a dia.
– Habilidades humanas — essas são as consideradas soft skills e incluem comunicação, pensamento crítico, adaptabilidade, capacidade de resolver problemas, liderança, criatividade e inovação.
– Habilidades digitais — Essa é área que apresenta o maior gap para as pessoas, porque envolve não apenas habilidades para lidar com tecnologias como inteligência artificial, big data etc mas, também, exige um novo mindset, o digital.
AS EMPRESAS
Esses atores adotarão o mantra criado por Matthew Sigelman, CEO da Burning Glass Technologies: “Sua organização é movida pelas habilidades que você tem. A evolução dos indivíduos em uma empresa, em última análise, se traduz na evolução de uma empresa”.
Sai aquele velho questionamento: “E se a minha empresa treinar um colaborador, ele se qualificar e for trabalhar na empresa rival?” e entra a certeza de que “se as habilidades dos contratados estagnarem, minha empresa estará ameaçada”. Uma das soluções possíveis é que empresas — concorrentes ou não — se unam para criar condições para a formação de profissionais. Iniciativas desse tipo terão impacto na retenção de talentos.
As empresas que se destacarão são aquelas que investem em tecnologia, mas mantém o seu foco na experiência humana, criando equipes multidisciplinares e experimentando programas de incubadoras ou aceleradoras para romper com o pensamento linear.
Capacidade de identificar e realocar profissionais de áreas que serão extintas para novos cargos que fazem uso de habilidades similares.
Apoiar e criar formas de aprendizado individualizado que combinem feedbacks frequentes e mentorias e com experiências satisfatórias.
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES POLÍTICAS
Para os atores que “têm a caneta”, o envolvimento e os esforços não serão diferentes e suas decisões afetarão diretamente as demais esferas (indivíduos e empresas), isso porque a requalificação e reciclagem das forças de trabalho são a sustentação para o crescimento econômico e para evitar um colapso global no mercado de trabalho.
Compartilhar aprendizados será essencial para a descoberta de abordagens eficazes.
Outro ponto que chama atenção é que a requalificação da força de trabalho poderá exigir aportes financeiros dos setores público e privado, criando mecanismos ágeis de proteção social e propostas que evitem a desestabilização da renda dessas pessoas.
SPOILERS
A mentalidade e os esforços das pessoas serão fundamentais para essa transição para a nova economia que exige a aprendizagem contínua.
Alguns programas de requalificação exigirão tempo fora do trabalho e, nesses casos, as pessoas deverão ser apoiadas por entidades políticas e pelas empresas.
Governos, empregadores, pessoas, instituições de ensino e sindicatos, terão que criar e aprender novas maneiras de trabalhar de maneira colaborativa, focadas no objetivo de diminuir as distâncias entre seus mundos e preparar as pessoas para a nova economia.
O MODELO NETFLIX
Se o tema é seriado, nada mais apropriado que usar o Netflix como modelo a ser seguido.
– Catálogos ricos — um dos fatores que chamam a atenção no Netflix é a abundância de ofertas. Assim como temos as opções de curta-metragens, documentários, longa-metragens, blockbusters e séries, as habilidades poderão ser adquiridas nos mais diversos formatos: cursos presenciais, a distância, modelos híbridos, os imersivos e práticos, cursos de longa duração, formatos in company etc.
– UX — o fascínio causado pelo Netflix passa diretamente pela experiência que a plataforma oferece para seus usuários. Na educação não será diferente: veremos produtos de ensino cada vez mais personalizados, oferecendo experiências únicas e customizadas para as pessoas.
– As maratonas — a semelhança aqui está nas trilhas de desenvolvimento de habilidades. Áreas distintas — como o próprio UX — e oratória poderão ser incluídas na sua lista, conforme sua necessidade ou interesse em explorar novas áreas de conhecimento.
– Educação + entretenimento — sim, tem que ser divertido! O aprendizado não precisa ser algo doloroso, frio ou chato. Cada vez mais, o foco será na troca de experiências, nas práticas para o desenvolvimento das habilidades, no desenvolvimento de network, no contato e nas oportunidades de conhecer pessoas interessantes, com boas ideias e com vontade de criar algo novo.
Que tal participar do desenvolvimento desse roteiro e ser o protagonista da história?