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Como migrei para UX em menos de 1 mês

Como migrei para UX em menos de 1 mês

Comunidade How

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Esse artigo foi escrito por nossa ex-aluna, Camila Gritten, e publicado originalmente aqui.

Um passo a passo de aprendizados que tive durante a minha migração do mercado publicitário para UX Writing.

Reprodução: Camila Gritten.

No início da migração de carreira é bem comum profissionais que trabalham com redação, desempenhar um papel focado na experiência e outras atividades em paralelo. Antes de conseguir uma vaga com foco em UX Writing, eu trabalhava assim na How Bootcamps.

Isso não me deixava focar tanto em UX writing como gostaria, mas sempre encontrei oportunidades para pôr em prática tudo o que eu estava aprendendo na teoria. E pra mim, foi onde tudo começou.

Em Julho de 2022 eu fui dispensada por conta da crise, e para me recolocar rapidamente no mercado, achei que o caminho mais fácil seria me candidatar para vagas no marketing, mas foi aí que me enganei e conquistei uma oportunidade como UX Writer Cross na MJV.

Neste texto eu separei alguns aprendizados que você pode adaptar de acordo com o seu contexto.

Passo 01- A regra das 24 horas

A treinadora de um dos maiores times de basquete feminino dos EUA criou uma regra em que atletas possuem apenas 24 horas para curtir sua vitória ou agonizar a sua derrota.

Ela acredita que uma derrota pode diminuir o desempenho de times altamente competitivos.

“Uma derrota pode acabar com você, mas, você tem que ter a capacidade de seguir adiante”. Dawn Staley

Isso não é diferente com a nossa vida profissional. No meu caso foram 2 semanas vivendo o luto de ter saído da How. Esse tempo foi essencial para colocar a cabeça no lugar e continuar lutando pelo que acredito.

Claro que em paralelo, arrumei meu linkedin aos poucos, atualizei e mandei currículo para algumas vagas, mas também, dormi bastante, assisti Stranger Things pela primeira vez e passei mais tempo com a minha família.

Por isso, se você foi uma das pessoas impactadas pela demissão em massa, está mandando currículo, fazendo entrevistas para UX e ainda não conseguiu nada, a regra das 24 horas, também serve para você viver a sua derrota por alguns dias e continuar tentando.

Passo 02 — Redesenhando a minha carreira

Depois de passar alguns dias lamentando a minha demissão, era hora de me reerguer e redesenhar a minha carreira. Neste processo contei com a ajuda e mentoria de algumas pessoas.

Quando você conta com o apoio das pessoas que já passaram pelo que você passou e com experiência para compartilhar os seus principais erros e aprendizados, o caminho se torna menos pesado. Desde então, busco fortalecer cada vez mais essas conexões.

Vou aproveitar para deixar alguns nomes das mulheres que fizeram parte da minha transição:

Paula Volker, UX Writer e Content Ops no Banco Carrefour https://www.linkedin.com/in/paulavolker/

Alessandra Gomes, UX Researcher Leader mo Runrun.it https://www.linkedin.com/in/alessandra-gomes-she-ella-ela-00429329/

Débora Marquezi, Coordenadora de Marketing na Chroma Garden https://www.linkedin.com/in/debora-marquesi/

Caroline Ríssio, Product Management na How Bootcamps https://www.linkedin.com/in/carolinerissio/

Dicas para arrumar o Linkedin

Inserir palavras-chave no título: UX Writer, Content Designer.

Descrição das vagas: Faça um benchmark das vagas de UX e descreva as atividades em comum que você já fez nas suas experiências anteriores, independente da posição.

Exemplo: Você é uma pessoa redatora e uma das suas principais responsabilidades é desenvolver conteúdos de acordo com o tom e voz da empresa?

Isso já é UX writing, então procure dar mais destaque dessa atividade nas descrições das suas experiências.

Mostre suas iniciativas: Além das atividades que você fez, já teve alguma iniciativa na área de UX? Fez um workshop? Gravou um podcast? Mediou uma live? Participou de algum projeto interessante? Coloca nas suas experiências também.

Seja autoridade no assunto: Você não precisa produzir conteúdo todos os dias e ficar 24 horas no linkedin, basta mostrar que entende do assunto. Por isso, use o destaque do seu LinkedIn e produza alguns conteúdos relacionados a sua área.

Explore o LinkedIn: Não fique esperando o alerta de vagas te avisar de alguma oportunidade. Procure ativamente, onde seus amigos, amigas e colegas estão trabalhando? Não tenha vergonha de pedir indicação. Sempre tem pessoas querendo ajudar.

Passo 03 — Experiência não quer dizer nada

Muitas empresas ainda estão entendendo qual é o papel de UX Writing e até quem já trabalha na área acaba tendo dúvidas de como fazer em determinados contextos. Por isso, nunca houve um momento tão propício para entrar neste mercado.

A verdade é que a mínima experiência com UX pode te ajudar, claro, mas o que vai te destacar de verdade é a forma como você se vende e tem vontade de aprender.

Um estudo realizado com mais de 60 profissionais do design brasileiro, contempla um artigo bem interessante da Ligia Helena que fala exatamente sobre isso. Independente da área, você não está começando do zero, basta criar a sua história e “inventar” as suas experiências.

Para ler clique no link: https://www.design2022.com.br/artigos/se-voce-quer-migrar-para-ux-writing-venha-por-aqui

Design Thinking: Aprenda fazendo

O conceito Design Thinking é uma abordagem que modifica a experiência do aprendizado, e que incentiva a inovar. Muitas pessoas acabam idealizando a inovação apenas como robôs, IA, IoT e outras tecnologias que estão surgindo.

Na verdade, é mais do que isso: Inovação é a capacidade de combinar as suas soft skills e hards skills para resolver problemas de maneira criativa, isso quer dizer que não existe uma maneira de fazer, e portanto, você precisa estar disposto e disposta a aprender fazendo.

E qual é a lição que eu tirei disso? Exatamente o que trouxe no tópico anterior, experiência não é tudo.

Passo 04 — Criando meu storytelling

Você tem uma história para contar? Essa é uma dica bem importante não só para trabalhar com UX Writing, mas para ter sucesso nas entrevistas!

Certa vez uma ex-colega de trabalho me apresentou o livro: Descubra seus pontos fortes de Don Cliffon. É um livro que traz lições importantes para pessoas que desejam entender seus padrões específicos de habilidades e comportamentos.

“Não existe receita mais certeira para a frustração e a mediocridade do que passar a vida nos dedicando ao que fazemos de pior.”

A versão atualizada do livro apresenta um teste para descobrir os nossos 5 principais pontos fortes. Além de dicas sobre práticas para o dia a dia de trabalho e na relação interpessoal com outras pessoas e equipes.

Esse teste foi um divisor de águas na minha carreira, pois foi com ele que descobri que Imparcialidade e inclusão sempre fizeram parte de mim, eu só não sabia que podia usar eles para me destacar e crescer profissionalmente.

Até que eu tive o primeiro contato com a experiência do usuário e encontrei o meu objetivo e foi essa história que passei a contar nas entrevistas.

Então, se você tem um propósito e conhece suas características, basta contar uma boa história que o sucesso será encarregado de chegar até você pelo caminho mais curto.

Passo 05 — Faça um estudo de caso e saiba como apresentá-lo

Como qualquer boa história, o estudo de caso é uma oportunidade para mostrar o impacto das soluções desenvolvidas, seja um estudo real ou fictício, o que realmente importa é a forma como você consegue envolver a pessoa recrutadora e vender a sua ideia.

O meu estudo de caso foi realizado para uma jornada de checkout da How Bootcamps, em que apliquei padrões de UX com base no livro: redação Estratégica para UX. Esse livro é um bom ponto de partida para qualquer pessoa que está iniciando ou migrando de área e oferece dicas simples e escaláveis para trabalhar um case.

Mas antes de trabalhar as estratégias, eu fiz o Bootcamp Carreiras no Topo da How e aprendi a considerar as seguintes perguntas antes de estruturar o meu estudo de caso:

1. Qual problema eu resolvi?

2. Qual solução eu encontrei?

3. Quais foram as estratégias traçadas e por quê usei essa estratégia?

4. Quais metas eu escolhi para identificar o sucesso do meu projeto?

5. O que deu errado?

6. Como eu medi o sucesso desta solução?

Depois de responder essas perguntas, você já tem o que é essencial para fazer uma boa estruturação e apresentação. Mas não pira, tá? Feito é melhor do que perfeito.

Padrões de texto UX que utilizei no meu estudo

Reprodução: Camila Gritten.

Títulos: Mostra o contexto da página e a explicação imediata das ações que devem ser realizadas.

Rótulos: Ícones e rótulos trabalham juntos para indicar quais decisões e quais etapas serão realizadas.

Campos de entrada de texto: Ajuda as pessoas usuárias a fornecer informações precisas.

Mensagens de erro: Condições de erro ocorrem quando não é possível chegar aonde se deseja na experiência.

Descrição: Ajudar a seguir adiante na experiência sabendo o que esperar e reduzir a responsabilidade.

Mensagem de Confirmação: Garantir às pessoas usuárias que o progresso ou os resultados esperados estão concluídos.

Botões: Comando com verbos simples e claro, pedindo para a pessoa usuária continuar o processo.

Caso você queira saber qual estrutura utilizei e como apresentei a minha solução, vou deixar o link abaixo:

https://drive.google.com/drive/folders/1dBY8c9MmMRoRK9Su73P-

Conclusão:

Queria deixar meu agradecimento às pessoas que citei neste texto e aquelas que fizeram parte dessa transição — elas sabem quem são.

Espero que esse texto, se não te ajudar, pelo menos te motive um pouco mais a não desistir do processo.

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