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As 21 lições de Yuval Noah Harari

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21 lições para o século 21 é o último livro de Yuval Noah Harari, a mente privilegiada por trás de Sapiens: uma breve história da humanidade e Homo Deus: uma breve história do amanhã. O livro é dividido em vinte e um temas que são tratados em 5 grandes tópicos: o desafio tecnológico, o desafio político, desespero e esperança, verdade e, por último, resiliência.

Selecionamos alguns highlights e trechos para você.

O desafio tecnológico — proteger cargos e funções ou as pessoas?
“Seria loucura bloquear a automação em campos como o do transporte e o da saúde para proteger empregos humanos. Afinal, o que deveríamos proteger são os humanos — não os empregos. Motoristas e médicos obsoletos simplesmente terão de achar outra coisa para fazer”.
Yuval destaca que a fusão da biotecnologia com a tecnologia da informação colocará os seres humanos diante dos maiores desafios já vividos. Para o autor, a questão política mais relevante da nossa era é como regular a propriedade de dados. Yuval destaca que, se não formos capazes de responder essa pergunta o quanto antes, nosso sistema sociopolítico pode entrar em colapso.

O desafio político — Zuckerberg e o lado negro da força
O vazamento de dados de mais de 80 milhões de usuários do Facebook — em parceria com a empresa de consultoria Cambridge Analytica — que teriam sido usados para montar a estratégia de campanha de Trump em 2016, é alvo das críticas de Yuval: “É difícil construir uma comunidade global quando você ganha seu dinheiro capturando a atenção das pessoas e a vendendo a anunciantes”. O autor dispara também contra outras gigantes tecnológicas, que, segundo ele, tendem a ver os humanos como animais audiovisuais: “um par de olhos e um par de orelhas conectados a dez dedos, uma tela e um cartão de crédito”.

Desespero e esperança — aprendendo com os macacos e os golfinhos
“A maioria das pessoas está propensa a acreditar que é o centro do mundo, e que sua cultura é o sustentáculo da história humana”. Yuval cita mamíferos como lobos, golfinhos e macacos como exemplos de códigos de conduta, lembrando que a cooperação em grupo e a ética são alguns de seus legados: “macacos não só evitam tirar vantagem de membros mais fracos do grupo como às vezes os ajudam ativamente”. Em um dos capítulos do livro — sobre uma possível nova guerra — Yuval é categórico: “nunca subestime a estupidez humana”.

Verdade — a força do coletivo
“Não só a racionalidade, a individualidade também é um mito. Humanos raramente pensam por si mesmos. E sim, pensamos em grupos. Assim como é preciso uma tribo para criar uma criança, é preciso uma tribo para inventar uma ferramenta, resolver um conflito ou curar uma doença”.
Se devemos aprender com os mamíferos a ser mais empáticos e mais colaborativos, nossa maior habilidade é a de criar e disseminar ficções. Só os humanos são capazes de criar histórias e convencer outras pessoas a acreditarem nelas. O que faz com que cooperemos entre nós é nossa habilidade de comunicação.

Resiliência — enverga, mas não quebra.
A educação tradicional pode ser dividida em duas partes complementares: um período de estudo seguido por um período de trabalho. No primeiro momento, as pessoas acumulavam informação, desenvolviam aptidões, formavam uma visão de mundo e construíam uma identidade estável. A segunda parte era a aplicação dessas aptidões e desse conhecimento para ganhar a vida e contribuir com a sociedade. Mas, o mundo está de pernas para o ar e o mais importante agora será a habilidade pra lidar com mudanças, aprender coisas novas e preservar seu equilíbrio mental em situações que não são familiares. Para acompanhar esse novo mundo, você vai precisar se reinventar várias e várias vezes. Em um mundo em constantes transformações, nossas experiências passadas passarão a ser cada vez menos relevantes e teremos que abrir mão daquilo que sabemos melhor, além de aprender a conviver e assimilar aquilo que não sabemos: “para correr tão rápido, não leve muita bagagem consigo. Deixe para trás suas ilusões. Elas são pesadas demais”.

Meditação? WTF?
“Durante anos vivi com a impressão de que era o senhor da minha vida, e o presidente executivo da minha própria marca pessoal. Mas poucas horas de meditação foram suficientes para me mostrar que eu quase não tinha controle sobre mim mesmo. Eu não era o presidente executivo — mal era o guarda no portão de entrada. Tinham me dito para me postar no portão de meu corpo — as narinas — e apenas observar o que entrava e o que saía. Mas após alguns momentos perdi meu foco e abandonei meu posto”.
Frequentemente associada a religião, a meditação é qualquer método para observação direta da própria mente. Parece fácil, não é mesmo? Para Yuval, mesmo que você se concentre em observar algo tão corriqueiro como a sua própria respiração, nossa mente, em geral, não é capaz de fazer isso por mais de alguns segundos sem que se perca o foco. Segundo o autor: “sem o foco e a clareza que essa prática propicia, eu não poderia ter escrito Sapiens e Homo Deus”.

Entrevista para Pedro Bial

Yuval Noah Harari – Palestra do TED

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