Esse artigo foi escrito por Vanessa Campoy (UX Designer | UX Research) e publicado originalmente aqui.
Como o próprio nome já diz, linguagem simples deve ser simples, passar a mensagem de forma clara, objetiva e inclusiva não é uma tarefa fácil, por esse motivo devemos sempre pensar no nosso público-alvo, essas pessoas devem entender da forma fácil e rápida o que foi escrito, sem necessidade de pedir ajuda.
Vivemos em um país onde 3 em cada 10 pessoas são analfabetas funcionais, ou seja, essas pessoas tem dificuldade de entender até textos mais simples. O acesso a informação é ainda mais complicado quando se deparam com palavras difíceis, siglas pouco conhecidas e jargões (linguagem pouco compreensível, usada em determinados grupos profissionais).
Se comunicar de forma simples não significa usar uma linguagem informal, basta usar palavras comuns que sejam de fácil entendimento.
![Mulher de pele negra, com cabelos crespos preso para cima, usando óculos de grau. Ela veste um camiseta branca e está com expressão de dúvida, o fundo onde a foto foi tirada é cinza.](https://cdn-images-1.medium.com/max/800/0*BOtvi_67KyLPI-sC.jpeg)
Mas como saber se estou indo pelo caminho certo?
Outro ponto importante é sobre o uso do estrangeirismo, apenas 5% da população brasileira entende a língua inglesa e o número de fluentes é ainda menor e apesar de muitas palavras serem bem comuns aqui no Brasil (como show, freezer, e-mail, login…) para muitas pessoas pode ser completamente excludente.
Se a pessoa consegue encontrar o que procura, compreender o que foi encontrado e usar a informação, significa que a mensagem foi passada de forma clara e organizada. De qualquer maneira é muito importante testar, fazer pesquisas e na dúvida, lembre-se que a mensagem deve ser inclusiva. Então, escreva pensando nas pessoas que possuem um menor grau de instrução.
![Grupo de pessoas em reunião ao redor de um mesa. A imagem de fundo mostra vidraças e um prédio atrás.](https://cdn-images-1.medium.com/max/800/0*xUJMqmkjoGgQnhL2.jpeg)
Tudo isso é muito bonito, mas nem sempre é fácil implementar inclusão dentro das empresas, por isso, é muito importante que o discurso esteja acompanhado de dados, que comprovem que a acessibilidade gera receita.
Produtos e serviços devem ser desenvolvidos, pensando nas necessidades de quem usa, inserir a todos e dar autonomia é a oportunidade para que clientes se encantem e recomendem mais pessoas.
Resumindo
Escrever com empatia é essencial para que cada vez mais, possamos desenvolver produtos que sejam realmente úteis e resolvam problemas.
Quero agradecer a UX para Minas Pretas pela bolsa que recebi para o curso Escrita Inclusiva da How Education.