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8 características comuns às empresas inspiradoras.

8 características comuns às empresas inspiradoras.

Renato "Minas" Buiati

Renato "Minas" Buiati

Do something great

NOTA: Esse texto é baseado em um artigo escrito por Joost e Pim, os Corporate Rebels, para o Huffington Post. O conteúdo foi trabalhado após uma série de visitas aos locais de trabalho mais inspiradores do mundo. Foram 14 meses de trabalho e conversas com mais de 50 pessoas dessas empresas.

Para Joost e Pim, para passar por esse processo de transformação, é necessário quebrar paradigmas — como aquelas de estruturas de comando e controle — para um novo modelo, oferecendo oportunidades para as equipes liberarem todo o seu potencial e para que os modelos de liderança se sobressaiam sem que sejam requeridos por uma função ou cargo ocupados.

Os autores descrevem 8 princípios e tendências que são comuns a essas empresas inspiradoras:

1. DO LUCRO AO PROPÓSITO E VALORES

Para os autores, encontrar o propósito ou significado no trabalho é o que irá garantir energia, paixão e motivação para que as pessoas queiram sair de suas camas pela manhã. A ideia de um propósito inspirador é fundamental para liberar todo o potencial da equipe. A partir disso desse princípio é possível notar mudanças de comportamento, desenvolvimento de novas habilidades e valores comuns entre as pessoas. Para que isso aconteça é necessário criar um propósito que possa ser traduzido em objetivos para departamentos, equipes e indivíduos. Traduzindo: saem as regras e os protocolos e entra um conjunto de valores claros com alto potencial de aderência.

2. DAS HIERARQUIAS TRADICIONAIS ÀS REDES DE EQUIPES

Trabalhar menos dentro dos contextos hierárquicos, priorizando a fluidez na definição de papeis e de membros das equipes. A flexibilidade deve ser um dos princípios para que as pessoas circulem entre os projetos, de acordo com as necessidades e as habilidades necessárias para a sua execução. As equipes multidisciplinares devem ser orientadas aos resultados e aos objetivos da empresa, dessa forma, a responsabilidade dessas equipes também passam para um nível mais alto de comprometimento e entregas.

3. DA LIDERANÇA DIRETIVA À LIDERANÇA QUE OFERECE SUPORTE

Esse ponto requer uma dose de humildade e desapego: abrir mão da ideia de liderança centrada em você mesmo e no cargo ocupado e aprender a delegar as tarefas, estar mais perto da equipe e ouvir mais do que falar. Sai a autoridade pela posição hierárquica e entra o líder que inspira pelo alinhamento de missão e valores, pelo exemplo e pela orientação. Dê à sua equipe aquilo que ela precisa para prosperar.

4. DA PREDIÇÃO À CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO

Se os momentos são de turbulência a ideia de trabalhar com planejamentos e orçamentos de longo prazo perdem um pouco de sua relevância, o que cria uma brecha e uma excelente oportunidade para as experimentações no dia a dia de trabalho. O que deve ficar claro aqui é que esse processo de experimentações irá exigir que se aprenda lidar com os erros, sem o qual é impossível o aprendizado. Experimente, aprenda e adapte. Atenção: esse não é um incentivo para que as pessoas errem à vontade, de maneira inconsequente: o que se espera é que os erros sirvam como aprendizado para os próximos passos.

5. DE REGRAS E CONTROLE À LIBERDADE E CONFIANÇA

Se você confia na sua equipe, nada mais justo que elas tenham autonomia para as tomadas de decisões e para que trabalhem de acordo com os interesses da empresa. Isso não quer dizer que a liberdade seja um ato irresponsável: com o aumento da liberdade e autonomia das pessoas e das equipes, aumentam também suas responsabilidades. A partir do momento que isso está claro para as pessoas, elas têm o poder de decidir como trabalhar, onde trabalhar e quando trabalhar.

6. DA AUTORIDADE CENTRALIZADA À AUTORIDADE DISTRIBUÍDA

Esse ponto está diretamente associado aos itens 3 e 5: confiar na equipe e desapegar. É necessário distribuir a autoridade entre os indivíduos e às equipes, confiando que podem tomar decisões e que podem apontar os caminhos. Sua função aqui é o de moderador, conselheiro e mentor. Apenas garanta que as pessoas estejam cientes que as responsabilidades para a tomada de decisões acarretam nas responsabilidades pelos resultados.

7. DO SEGREDO À TRANSPARÊNCIA RADICAL

Essa é uma das premissas para quem trabalha com metodologias ágeis, por exemplo ou com métodos como os OKR’s: sem transparência e comunicação efetiva não há possibilidade de criar o engajamento necessário entre as pessoas e equipes. Forneça as informações, conceda acesso aos dados, crie dashboards e quadros com acesso a dados, informações financeiras, desempenho etc.

8. DAS DESCRIÇÕES DOS CARGOS AOS TALENTOS E ÁREAS DE DOMÍNIO

Valorize a diversidade de habilidades e talentos mais do que as simples descrições de cargos e funções ocupadas pelas pessoas. Dê flexibilidade suficiente para que as pessoas trabalhem com aquilo que gostam e com projetos que façam sentido e que estejam em comunhão com suas crenças, valores, pontos fortes e habilidades. Essa é uma excelente maneira de aumentar o engajamento e a motivação das pessoas. Dê suporte para que façam o que gostam e que cresçam profissionalmente.

Confira o artigo original.

Renato “Minas” Buiatti é educador e cofounder da How.

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